Às vezes você lê textos ou ouve músicas do passado e só então se dá conta de que tudo realmente mudou. Mas nesse momento, estranhamente, você resgata alguns sentimentos, de forma que alguns pareçam acordar de um sono profundo. E tudo passa como um filme em sua mente.
E se alguns sentimentos apenas adormeceram? E se eles acordarem? Ou simplesmente se perderam? E se determinadas coisas não tivessem acontecido e outras tivessem? Eu fiz as escolhas certas? E assim você começa a se questionar. Sente medo. Será que escolhi o atalho cheio de obstáculos? Ou aquele caminho comprido, mas tranquilo? Onde eu quero chegar?
Então você começa e entrar em uma confusão, uma confusão provocada pela simples memória do passado. Seus sentimentos viram um só. Mas você não sabe definí-lo, e isso te assusta. Porque, desesperadamente, você não consegue nem saber se é uma sensação boa ou ruim.
Você sabe que se sente feliz, mas não consegue controlar a teimosia do escorrer de lágrimas pelo seu rosto.
…
Por isso a nostalgia me traz angústia e agonia, ao mesmo tempo em que em me sinto deliciosamente bem em momentos nostálgicos. É estranho.
E penso: seria ainda mais feliz se não tivesse feito aquela curva?
Acho que essas lágrimas são pedaços de saudade.
Saudades do que aconteceu, mas também do que ficou guardado na imaginação. Como uma gota de esperança.
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